O agronegócio brasileiro fechou julho com superávit de US$ 10,1 bilhões e registrou alta de 38,6% nos preços médios dos produtos exportados, comparado com julho de 2020, de acordo com a publicação feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

As exportações chegaram aos US$ 11,2 bilhões, crescimento de 15,8% em relação ao mês de julho de 2020. Produtos como café, açúcar, algodão e carne suína alcançaram volumes recordes de exportação no primeiro semestre. Números da importação também aquecem o agronegócio no país, que no acumulado do ano chegou a R$ 1,2 bilhão – aumento de 25,8%.

Entre os produtos que registraram a maior variação positiva nos preços médios, entre janeiro e julho de 2021, estão soja (28,6%), carne bovina (12,2%), açúcar (14,7%), madeira (15%) e milho (22,2%).

Agronegócio representa quase metade das exportações do Brasil

O setor do agronegócio contribuiu com 44,2% do total de exportações do país. Além da comercialização de carnes e grãos, as frutas representam uma parcela expressiva do agronegócio brasileiro no comércio exterior – são 45 milhões de toneladas produzidas por ano, sendo o Brasil o terceiro maior produtor do mundo.

Em 2020, o país emplacou a 26ª colocação na lista das principais nações exportadoras de frutas do mundo, com destaque para os itens: manga (24,6%); melão (14,7%); nozes e castanhas (12,6%); uvas (10,8%); limões e limas (10,1%). Este ano, o mercado indiano se tornou o principal destino das maças brasileiras, especialmente das safras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Entre janeiro e junho, as exportações para o país oriental somaram mais de US$ 19 milhões, quase quatro vezes mais que o exportado no mesmo período de 2020 (US$ 4,9 milhões).

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), o faturamento deve ser 15% maior até o fim do ano. Entre os motivos da alta nas projeções estão a busca cada vez maior por alimentos mais saudáveis e o câmbio favorável.

Fonte: www.comexdobrasil.com